Institucional

Câmara Chinesa de Comércio do Brasil

A Câmara Chinesa de Comércio do Brasil (CCCB)


A Câmara Chinesa de Comércio do Brasil (CCCB) tem como objetivo principal fomentar o estreitamento dos laços comerciais entre Brasil e China e contribuir para a geração efetiva de negócios entre empresas e empresários brasileiros e chineses.

Contamos com uma equipe especializada de profissionais, no Brasil e na China, prontos para atender às mais variadas demandas de nossos associados.

Assessoramos nossos associados a superar as barreiras culturais existentes na relação Brasil-China e recomendamos soluções estratégicas para facilitar a concretização de negócios e a geração de resultados.

Desenvolvemos uma prestação de serviços personalizada para atender às necessidades de nossos associados.


Principais Cidades


Algumas das mais importantes cidades da China e informações úteis para o empresário brasileiro.

Beijing

Pequim

Beijing, conhecida em português como Pequim, é a capital da China, é um centro político e cultural com mais de 22 milhões de habitantes. Localizada entre as montanhas Taihang e Yanshan, a cidade é administrada diretamente pelo governo central chinês.

Beijing é um dos principais centros financeiros da China. A cidade, que era historicamente industrial, agora tem uma economia dominada pelo setor terciário. Em 2024, a cidade estabeleceu uma meta de crescimento do PIB de aproximadamente 5% em referência ao ano de 2023 que teve o PIB de CNY 126 bilhões. Beijing abriga várias das maiores empresas da China, contribuindo para sua importância econômica.

Em termos de indústria, o valor adicionado da indústria primária foi de 8,9 bilhões de yuans, um aumento de 4,1% relativamente ao ano anterior. A indústria secundária foi de 48,2 bilhões de yuans, um aumento de 4,7% e a indústria terciária foi de 68,8 bilhões de yuans, um aumento de 5,8%.

O setor financeiro de Beijing continua a ser um motor importante para a economia da cidade. As atividades financeiras são responsáveis por uma parcela significativa da economia de Beijing, mais do que qualquer outra cidade da China. O centro financeiro da cidade, principalmente na área central de Guomao, é um dos principais centros comerciais da China.

Guangzhou

Cantão

Guangzhou, conhecida em português como Cantão, a terceira maior cidade da China, é um vibrante centro de negócios e comércio. Com uma história que remonta ao século II a.C., Guangzhou tem sido um importante ponto de encontro para comerciantes de todo o mundo.

Hoje, Guangzhou é um dos principais centros industriais, administrativos e financeiros da China. Em 2021, o PIB de Guangzhou atingiu RMB 2,82 trilhões (aproximadamente US$ 4.4 bilhões), mostrando um crescimento de 8,1% ano a an1. Em 2022, o PIB da cidade aumentou para aproximadamente 2,9 trilhões de yuan.

A China Import and Export Fair, também conhecida como Canton Fair, é um marco no calendário comercial de Guangzhou. Realizada todos os anos entre abril e outubro, esta feira atrai mais de 200 mil compradores de mais de 40 países.

Guangzhou é uma cidade de diversidade cultural, com o cantonês sendo a língua principal para mais da metade dos habitantes e o mandarim sendo falado pela maioria dos restantes. A cidade acolhe uma grande população de imigrantes, que compõem 40% da população da cidade, acrescentando outra dimensão à sua rica tapeçaria cultural.

A cidade possui uma infraestrutura de transporte robusta, incluindo o Aeroporto Internacional de Guangzhou Baiyun e ligações ferroviárias de alta velocidade.. Além disso, a cidade está conectada às ferrovias de Jingguang (Pequim-Guangzhou), e o trem-bala de Wuhan-Guangzhou, inaugurado no final de 2009, cobre 980 quilómetros a uma velocidade média de 320 km/h.

Guangzhou é uma cidade global com uma rica história e um futuro promissor. Convidamos você a explorar as oportunidades de negócios que Guangzhou tem a oferecer.

Hong Kong

Hong Kong, uma cidade verdadeiramente global, é conhecida por seu ambiente amigável para negócios, estado de direito, comércio livre e fluxo livre de informações. Com uma população de 7,49 milhões em 2021, Hong Kong é um centro financeiro, comercial e de negócios líderes. Em 1842 tornou-se uma colónia do Império Britânico após a Primeira Guerra do Ópio, permanecendo assim por um tempo até a China reassumir a soberania da cidade. A era colonial teve grande influência na atual cultura de Hong Kong, muitas vezes descrita como o lugar onde o “oriente encontra o Ocidente”, e no seu sistema educacional, que costumava seguir o sistema do Reino Unido até que reformas foram implementadas em 2009.

A economia de Hong Kong cresceu 6,4% em 2021, revertendo as quedas dos dois anos anteriores. Como um dos principais centros financeiros internacionais, Hong Kong tem uma grande economia de serviço capitalista caracterizada pelo baixo nível de impostos e pelo livre comércio, sendo que a sua moeda, o dólar de Hong Kong, é a oitava mais negociada no mundo. O seu pequeno território e a consequente falta de espaço causou uma forte demanda por construções mais densas e altas, o que desenvolveu a cidade como um centro para a arquitetura moderna e a tornou uma das mais verticais do planeta. Hong Kong também tem um dos maiores PIB per capita do mundo. O espaço denso também resultou numa rede de transportes altamente desenvolvida, com uma taxa de transporte de passageiros superior a 90%, a maior do mundo.5.

A população de Hong Kong é predominantemente de origem chinesa. Os três maiores grupos estrangeiros são das Filipinas (225.801), Indonésia (176.748) e Índia (37.316)4. A cidade é um caldeirão cultural com uma rica tapeçaria de influências locais e internacionais. A cidade é conhecida por sua vibrante cena artística e cultural, com vários museus, galerias de arte e festivais durante todo o ano.

Shanghai

Xangai

Shanghai, a maior cidade da China e uma das maiores cidades do mundo, é um centro importante para negócios, finanças, pesquisa, ciência e tecnologia, manufatura, transporte, turismo e cultura. Com a sua população sendo a terceira maior do mundo, com mais de 24 milhões de habitantes em 2021.

A economia de Shanghai tem mostrado um crescimento robusto nos últimos anos. Em 2022, o Produto Interno Bruto (PIB) de Shanghai atingiu aproximadamente CNY 4,47 trilhões. A cidade é um importante centro financeiro e econômico da República Popular da China. Em 2009, a Bolsa de Valores de Xangai ficou em terceiro lugar entre as bolsas de valores em todo o mundo em termos de volume de negociação e sexto em termos de capitalização total — o volume de comércio de seis metais, incluindo o cobre, borracha e zinco, estavam todos os classificados em primeiro lugar no mundo. Nas últimas duas décadas Xangai foi uma das cidades com o mais rápido desenvolvimento no mundo.

Xangai cresceu de importância no século XIX devido à sua localização favorável do seu porto e como uma das cidades abertas ao comércio exterior em 1842 pelo Tratado de Nanquim. A cidade floresceu como um centro de comércio entre o oriente e o ocidente e tornou-se um centro multinacional de finanças e negócios ainda na década de 1930.

Shanghai é uma cidade dinâmica com uma rica história e um futuro promissor. Convidamos você a explorar as oportunidades de negócios que Shanghai tem a oferecer.

Shenzhen

Shenzhen, uma cidade moderna localizada na província de Guangdong, é um dos principais centros econômicos da China e uma vitrine do desenvolvimento tecnológico e industrial do país. Com uma população de mais de 17 milhões de habitantes em 2021 e uma área de 2.050 quilômetros quadrados, Shenzhen faz parte da Região da Grande Baía, que inclui também Hong Kong e Macau, uma das zonas econômicas mais dinâmicas do mundo.

Conhecida por seu rápido crescimento desde que foi estabelecida como a primeira Zona Econômica Especial da China em 1980, Shenzhen se tornou um hub global de inovação. Em 2021, o Produto Interno Bruto (PIB) da cidade alcançou CNY 3,07 trilhões, um crescimento de 6,7% em relação ao ano anterior. Shenzhen é sede de algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo, como Huawei e Tencent, além de ser referência em eletrônicos, telecomunicações e manufatura avançada.

Nos últimos anos, a cidade tem investido fortemente em pesquisa e desenvolvimento, com mais de CNY 160 bilhões destinados à área de P&D em 2020. Shenzhen está na vanguarda da transformação digital e da construção de uma cidade inteligente, com iniciativas voltadas para infraestrutura sustentável, redes 5G e integração de tecnologia em diversos setores da vida urbana.

Shenzhen continua a ser um destino estratégico para negócios e investimentos internacionais, oferecendo um ambiente inovador e oportunidades em setores de ponta. Convidamos você a explorar as inúmeras oportunidades que Shenzhen oferece em feiras, conferências e parcerias de negócios.

Foto: Por Charlie fong - Obra do próprio, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=116713684

Mercado Chinês


A importância dos parceiros ideais na China

A China é, hodiernamente, um grande celeiro de oportunidades tanto para empresas que buscam reduzir seus custos e fomentar seus negócios comprando produtos chineses de qualidade e com preços competitivos, como também para empresas interessadas em exportar produtos e serviços para o mercado chinês, dado seu enorme potencial de consumo. Entretanto, algumas precauções devem ser tomadas pelos empresários brasileiros antes de se iniciar os negócios com a China, visando o maior aproveitamento possível das relações a serem estabelecidas com os futuros parceiros orientais.

Desde as reformas econômicas implementadas por Deng Xiaoping no final da década de 1970, a China tem alcançado altas taxas de crescimento doméstico, sendo que ao longo dos últimos 20 anos, esse crescimento médio tem sido de 10% ao ano. Isso se deve em grande parte ao modelo de crescimento econômico sustentado, apoiado sobre a facilitação, por meio do Estado chinês, para as exportações de manufaturados primários. Essa facilitação foi feita com base em elevados investimentos em infraestrutura, inovação tecnológica, estímulos tributários ao setor industrial e em menor parte à desvalorização cambial e à relativa mão-de-obra com custos reduzidos. Tudo isso faz da China, atualmente, o melhor mercado para se investir e realizar trocas comerciais no Mundo.

Entretanto, o empresário brasileiro que pretenda fazer negócios com o país deve considerar as diferenças nas relações comerciais entre brasileiros e chineses. Elas determinam formas diferentes daquelas vigentes no Ocidente, no que tange à estruturação das empresas, e às negociações para fechamentos de contratos. Na China os costumes comerciais de compra e venda são diferentes das ocidentais, sendo que as dificuldades impetradas pela língua e pela cultura chinesas impossibilitam que os negócios possam ser concretizados no curto prazo. Além disso, a China está a 20.000 Quilômetros de distância do Brasil, sendo que falhas na identificação de parceiros e produtos adequados, quase sempre gerem problemas nas compras advindas do país asiático. Como raramente essas compras podem ser devolvidas, problemas com fornecedores e produtos importados estão entre as maiores causas de reclamações por parte dos empresários brasileiros em relação à China.

Devemos lembrar que na China a lógica e a moral, não são ocidentalizadas como no Brasil. Elas são “Confucianas” o que significa que são levadas em conta para os relacionamentos e negócios, qualidades positivas como lealdade aos superiores, respeito hierárquico, e busca pela harmonia, não apenas pelo lucro em si.

Deste modo, antes de buscar fornecedores chineses em sites de busca na internet e ir diretamente à Feiras na China, é fundamental observar se aquelas empresas são realmente idôneas e, além disso, se os parceiros encontrados fornecem os produtos necessários, com a qualidade mínima requisitada pelo comprador. São inúmeros os casos de empresas de todo o Mundo que fazem maus acordos com os chineses por não terem tido cuidados básicos antes de iniciarem as negociações.

Por isso, a Câmara Chinesa de Comércio do Brasil (CCCB), Associação sem fins lucrativos, com sedes em Belo Horizonte e em Shanghai oferece serviços que atendem às necessidades individuais de cada um de seus clientes e associados. A CCCB, conta com um staff especializado de profissionais, nos dois países, que atendem às mais variadas demandas, assessorando e recomendando soluções estratégicas para facilitar a concretização de negócios e a geração de resultados para que as empresas brasileiras possam superar as barreiras existentes na relação Brasil-China.

História


Como são raramente encontrados registros históricos sobre a Dinastia Xia, a existência da Dinastia Xia ainda é questão polêmica entre historiadores. Por isso, a Dinastia Shang foi a primeira dinastia da antiguidade chinesa já confirmada por documentos desenterrados.

A Dinastia Shang fundou-se no século 16 a. C e terminou no século 11, durante um período de cerca de 600 anos.Em seus primeiros tempos, foi transferida a Capital por várias vezes, e finalmente ficou na região Ying (próxima a atual Anyang, província de Henan). Os objectos desenterrados comprovam que no início da dinastia, a civilização da China já se desenvolveu a um alto nível, principalmente com Jiaguwen, que é inscrição feita em casca de tartaruga e ossos. Só pela sua arte, a civilização chinesa da época dos Shang apresenta-se já, praticamente, tanto como uma civilização de caçadores e criadores como de agricultores.

Os estudos sobre objectos desenterrados comprovam que durante a Dinastia Shang, já se formou o Estado, a propriedade privada já estruturada. Podemos concluir que a partir da Dinastia Shang, a história da China antiga já entrou na sua época de civilização.

A terceira dinastia da antiguidade chinesa foi a Dinastia Zhou que se fundou no ano 1027 a. C e terminou no ano 256 a. C, derrubada pela Dinastia Qin com o domínio de mais de 770 anos. Marcada com a transferência de sua Capital para o leste, os primeiros tempos da Dinastia Zhou, é chamado do Zhou do Oeste, e depois, Zhou do Leste que é dividido por períodos de Primavera e Outono e Estados Combatentes.

Em 221 a.C., o estado de Qin finalmente saiu vitorioso no período dos Estados Combatentes na Dinastia Zhou e estabeleceu um império forte e autoritário, começando a Dinastia Qin. Os Qin empreenderam uma reforma completa na sociedade e no governo, utilizando-se das teorias legistas para tal fim. Unificaram o poder em torno da figura do Imperador Qin Shi Huang Di, suprimindo grande parte da influência e dos direitos nobiliárquicos. Centralizaram a administração pública nas mãos do corpo burocrático, estabelecendo as diretrizes funcionais dos cargos e atributos das posições.

Uma das maiores contribuições da unificação da China foi unificação de sua escrita. Além disso, foi ainda unificada as medidas de peso, volume e extensão. Igualmente como a escrita, elas eram bem diferentes de região a região, o que obstruiu o desenvolvimento econômico. Foram unificadas ainda moedas e leis, dando assim bons alicerces para um salto do estado, além de reforçar o poder central.

A dinastia Han do Oeste foi entre os anos 206 e 8 a. C fundada pelo imperador Gao (Liu Bang) e com a capital estabelecida em Chang´an. Os Han foram ainda mais efetivos na administração do Império, embora tenham suavizado suas características autoritárias. Com a estabilidade política e econômica, registraram-se desenvolvimentos na indústria de ateliê, comércio, cultura e arte, bem como em ciências naturais. Com a elevação do nivel científico, elevou-se o nível de fundição e metalurgia, tecelagem. Além disso, foram desenvolvidos intercâmbios diplomáticos e comerciais com países da Ásia ocidental através da rota da seda.

A dinastia Wei e Jin foi entre os anos 220 e 559 de nossa era. Em fins do século II, o domínio da Han do Leste debilitou-se, com o que a história da China entrou num período relativamente comprido de divisão. No início, foram os reinos de Wei, Shu e Wu (entre os anos 189 e 265), que foram acabados com Jin do Oeste, porém, o último durou pouco tempo (entre os anos 265 e 316) com mais divisões. Quando o Jin do Oeste estabeleceu Jin do Leste (entre 317 e 420) ao Sul do Rio Yangtsé, o norte mergulhou-se numa situação caótica com 16 reinos lutando pelo poder.

Nesse período, o sul teve economia desenvolvida. Por isso, etnias do oeste e norte passaram para o sul, formando uma grande harmonia e convivência entre nacionalidades. Na área de cultura, apareceram escola de filosofia Xuan, budismo e taoísmo, em que os últimos dois lutavam e se desenvolviam. Porém, o budismo foi mais protegido pelos governadores.

Mesmo a divisão tendo influenciado o desenvolvimento econômico, a convivência entre diferentes nacionalidades foi sem precedentes. Foi nesta circunstância que muitas etnias do norte passaram a se naturalizar na han.

A dinastia Sui estabelecida pelo imperador Yang Jian no ano 581 durou apenas 37 anos até o ano 618, quando o imperador Yang Guang foi enforcado, sendo por isso, uma dinastia muito curta na história chinesa. Já a Dinastia Tang sobreviveu por 289 anos desde sua fundação em 618 até 907 quando foi derrubada por Zhu Wen.

No período das dinastias Sui e Tang, o regime jurídico foi muito bem implementado, com sistemas para administração, para provas vestibulares, para cobrar impostos, o que exerceu grandes influências às gerações posteriores. Nesse período, foram adotadas já abertura, com mais intercâmbios econômicos e culturais com o exterior.

Fundado o estado em 1206 pelo Gengis Khan, o Kubilay Khan, neto de Gengis Khan fundou a dinastia Yuan em 1271 e derrubou a Dinastia Song em 1279 tendo estabelecido sua capital em Beijing. Segundo registros, os mongóis viviam no deserto. O Gengis Khan derrotou suas tribos adversárias, tendo unido a parte mongol e estabelecido o estado.

A China das dinastias Tang, Song e Yuan foi o país mais próspero no mundo, cujas economias e culturas eram muito atrativas no mundo. Nessa altura, comerciantes e eruditos de outros países vieram frequentemente à China, de modo que o país tinha mais contatos com o exterior. Na dinastia Yuan, diplomatas ocidentais e asiáticos vieram à China com maior frequência, tendo estabelecido laços estreitos com Japão e outros países do Sudeste Asiático, enquanto os navios iam e vinham nos mares entre a China a Índia. Para esses intercâmbios, além da via marítima, funcionava a via terrestre atravessando a Yunnan.

Na dinastia Ming, a agricultura era mais desenvolvida, a indústria têxtil, de porcelana, exploração de minérios de ferro, fundição de cobre, fabricação de papel e a indústria naval também avançaram muito. O comércio com o exterior foi mais frequente. Foi exatamente nesta dinastia que Zheng He expediu por 7 vezes ao ocidente, tendo percorrido mais de 30 países e regiões. Porém, no último período da dinastia Ming, a China sofreu por invasões do Japão, Espanha, Portugal e Holanda.

A economia mercantil se desenvolveu, tendo aparecido muitos sinais de capitalismo. Abundantes mercadorias e facilidades de transporte levaram a formar vários centros comerciais de dimensões diferentes, tais como cidades de Beijing, Nanjing, Suzhou, Hangzhou e Guangzhou.

A Dinastia Qing sobreviveu entre 1644 e 1911. Nesta, a nação chinesa ainda era país agrícola, feudal e com xenofobia e auto-confiança. Depois de meados da dinastia, as contradições sociais tornaram-se cada dia mais aguçadas, as lutas anti corte sucederam-se umas após outras, das quais, a rebelião da escola religiosa Bailian sacudiu a fase mais próspera da dinastia Qing.

A guerra de ópio em 1840 e invasões imperialistas posteriores obrigaram a corte imperial de Qing a assinar vários acordos de desigualdade, tendo alugado terras e pago indenizações, além de abrir portos e permitir estrangeiros entrar na China, de modo que a China se atolou numa sociedade semi-feudal e semi-colonial. Com a corrupção política, monotonia de pensamento e fraquesa e humildade demais, a dinastia Qing entrou em sua fase decadente. O povo vivia sofrendo e se levantou em lutas e movimentos anti feudal, tais como o movimento “Reino Celestial Taiping” e “Exército Nian”. Para salvar sua administração, classes dominantes recorreram a umas reformas, tais como “Movimento de Ocidentalização” e “Movimento Reformista de 1898”, pretendendo levar a nação a uma prospera e indendência com reformas internas. Porém, todas fracassaram, enquanto muitos reformistas sacrificaram-se pela nação. Mas, o patriotismo tinha se levantado cada dia mais. Em 1911, ocorreu a Revolução de 1911, ou revolução democrática de burguesia da China que finalmente derrubou a dinastia Qing, com isso acabou o sistema feudal que durou mais de 2000 anos, enquanto a China entrou numa nova época histórica: a República da China.

Em 1 de janeiro de 1912, Sun Yat-sen do Kuomintang (Partido Nacionalista ou KMT) foi proclamado o presidente provisório da República. No entanto, a presidência foi dada mais tarde a Yuan Shikai, um ex-general Qing. Após a morte de Yuan Shikai em 1916, a China estava politicamente fragmentada. No final dos anos 1920, o Kuomintang nacionalista de Chiang Kai-shek foi capaz de reunificar o país sob seu próprio controle através de uma série de hábeis manobras políticas e militares, conhecidas popularmente como a Expedição do Norte. A desconfiança permanente entre o Kuomintang e os comunistas levou à retomada da guerra civil. Em 1947, a lei constitucional foi estabelecida, mas por causa da contínua agitação muitas disposições da Constituição da República da China nunca foram implementadas na China continental.

Os conflitos da Guerra Civil Chinesa terminam em 1949, quando o Partido Comunista tomou o controle da China continental e o Kuomintang recuou para o mar, reduzindo seu território para apenas Taiwan, Hainan e suas ilhas vizinhas. Em 1 de outubro de 1949, Mao Tsé-Tung proclamou a criação da República Popular da China, que ficou conhecida no ocidente como “China comunista” ou “China Vermelha” durante o período da Guerra Fria. Mao encorajou o crescimento da população e, sob a sua liderança, a população chinesa quase duplicou. No entanto, o “Granda Salto Adiante” de Mao, um projeto de larga escala de reforma econômica e social, resultou em um número estimado de 45 milhões de mortes entre 1958 e 1961, principalmente por causa da fome.

Após a morte de Mao em 1976 e a prisão do Bando dos Quatro, que foram responsabilizados pelos excessos da Revolução Cultural, Deng Xiaoping rapidamente arrebatou o poder do sucessor de Mao, Hua Guofeng. Embora ele nunca tenha se tornado o chefe do partido ou do Estado, Deng foi o “líder supremo” de fato da China na época e sua influência dentro do Partido levou o país a importantes reformas econômicas.

A morte do oficial pró-reforma Hu Yaobang ajudou a desencadear o Protesto na Praça da Paz Celestial, em 1989, durante o qual estudantes e outros civis fizeram campanha por vários meses, pedindo o combate contra a corrupção e uma maior reforma política, que incluísse os direitos democráticos e a liberdade de expressão. O incidente tornou-se particularmente famoso na época.

O país aderiu formalmente à Organização Mundial do Comércio (OMC) em 2001. O rápido crescimento econômico que tornou a economia chinesa a segunda maior do mundo, também impactou severamente os recursos naturais e o meio ambiente do país. Outra preocupação é que os benefícios do crescimento da economia não foram distribuídos uniformemente entre a população, resultando em uma ampla lacuna de desenvolvimento entre as áreas urbanas e rurais. Como resultado, com o presidente Hu Jintao e o primeiro-ministro Wen Jiabao, o governo chinês iniciou políticas para abordar estas questões de distribuição equitativa de recursos, embora o resultado continue a ser observado. Os padrões de vida melhoraram significativamente, mas os controles políticos se mantiveram estáveis

Durante a mudança da liderança da China em novembro de 2012, Hu Jintao e Wen Jiabao foram substituídos como presidente e primeiro-ministro por Xi Jinping e Li Keqiang, que assumem tais cargos em 2013.